Nossas origens

A Congregação de Nossa Senhora age a exemplo daquela que inspira o carisma assumido pelas religiosas que se consagram como Irmãs de Notre Dame: Santa Júlia Billiart.

De origem humilde, nascida em 1751, a francesa vislumbrou e, em 1804, concretizou a fundação de uma congregação religiosa cujo propósito era a educação integral de crianças e adolescentes. A obra evangelizadora e educacional de Júlia ultrapassou os limites geográficos, administrativos, metodológicos e conceituais do seu tempo e, atualmente, está presente em cinco continentes. Além disso, transmutou-se sem, contudo, deixar de ter como norte a máxima repetida à exaustão pela sua precursora: “Oh, quanto é bom o bom Deus”.

No Brasil, dez missionárias que viviam o compromisso de “proclamar a bondade de Deus e Seu amor providente” iniciaram, em 1923, o trabalho em prol da educação e da evangelização, nos municípios de Passo Fundo e Não-Me-Toque. Vindas da Alemanha e dos Estados Unidos, elas atendiam ao pedido feito pelo Frei Jacob Höfer, ao expor à Superiora da Congregação das Irmãs de Notre Dame de Coesfeld como o norte gaúcho dispunha de poucas e primitivas escolas, as quais os estudantes frequentavam sem regularidade, por causa das grandes distâncias, das péssimas estradas e do calor, às vezes, insuportável.

Assim, sustentavam o olhar atento à dignidade humana, reproduzindo a preocupação que, mais de um século antes, motivara Júlia Billiart e seu séquito a fundar, na Bélgica, o primeiro instituto Notre Dame.

Ao passo que as décadas se sucediam, esse olhar também migrava de expressão em expressão, sem perder, porém, o seu brilho. 

Foi ele que impulsionou as Irmãs que cultivam o legado deixado pelas pioneiras a voltarem-se a outras áreas de atuação, tendo como premissa a inclusão dos vulneráveis em mecanismos de desenvolvimento pessoal e social.

Nesse âmbito, a Congregação de Nossa Senhora se dedica, atualmente, à Saúde, à Proteção Social Básica e à Proteção Social Especial de Alta Complexidade – além, é claro, de promover a inclusão social por meio da Educação. Por isso, observando a legislação vigente e prestando contas à sociedade, disponibiliza atendimento médico-hospitalar integral e de qualidade a pacientes que se encontram em situação de vulnerabilidade social; estimula crianças e adolescentes ao convívio comunitário e familiar, ao desenvolvimento de potencialidades e à participação cidadã; atende as necessidades básicas dos idosos, favorecendo o convívio familiar e comunitário e o desenvolvimento da autonomia; e viabiliza o acesso às instituições de ensino por ela mantidas.